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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

François Boucher

François Boucher nasceu em Paris a 29 de Setembro de 1703 e morreu em Paris a 30 de Maio de 1770.
Boucheur foi o expoente máximo do rococó, um estilo decorativo faustoso e exuberante que surgiu em França como desdobramento do barroco
Filho de um desenhador de modelos para dordados, Boucher, já um desenhador excelente, fez o seu treino com Lemoyne, o artista dos tectos de Versalhes; com Lemoyne aprendeu uma técnica versátil, que aplicou em todas as artes decorativas que cultivou, desde a tapeçaria até à aos desenhos para porcelana.
Depois de passar três anos em Roma, Boucher tentou demonstrar a sua seriedade com algumas pinturas históricas. Mas estas não estavam na linha nem do gosto nem da moda da época, pelo que foi à procura de encomendas mais lucrativas e ganhou fama com os seus temas mitológicos, sensuais e despreocupados: deusas e cupidos brincando alegremente no meio das nuvens reflectiam a sensualidade da aristocracia francesa.
Ergueram-se objecções académicas, tanto aos temas de Boucher como ao seu uso da cor, mas dirigiam-se tanto contra a poderosa protecção da arrivista marquesa de Pompadour como contra o póprio Boucher.
Boucher trabalhava arduamente; por vezes passava doze horas por diaa diante do cavalete e geria um estúdio movimentado onde Fragonard era um dos seus alunos. Boucher tinha uma mulher bela e de gostos caros que tinha de manter satisfeita, mas declarou que nunca desejaria trocar a sua carreira por nenhuma outra.
A inspiração para o seu trabalho provinha de Antoine Watteau e de Peter Paul Rubens. Às obras de Watteau foi buscar a tranquilidade da natureza e às de Rubens os volumes, as cores, o estilo solene e perspicaz. No retrato da Madame de Pompadour as duas influências são bastante claras.

A Marquesa de Pompadour era sinónimo de exuberância, exagero, teatralidade, elegância, riqueza, ostentação e requinte e através de Boucher, Madame Pompadour encontrou a maneira de se retratar como embaixadora das artes de França. Boucher não era muita entusiasta de pintar retratos e em cartas madame Pompadour confidenciou que não eram reproduções exactas, mas que não se importava desde que projectassem a imagem certa. Aqui é uma mulher de dotes literários. A perfeita representação do vestido recorda-nos que, tendo o seu pai sido desenhador de modelos de bordados, é provável que Boucher conhecesse e lidasse com tecidos finos desde tenra idade.

1703 – Nasce em Paris, filho de um desenhador de modelos para bordados.
1720 – Aprendiz de gravador com Cars, vai para os estúdios de Lemoyne.
1723 – Ganha o Prix de Rome
1728 – Vai para Roma estudar até 1731.
1731 – É aceite na Académie Royale como pintor histórico.
1733 – Casa com Marie-Jeanne Buseau da qual terá três filhos.
1734 – Torna-se membro da Académie e mais tarde será professor e reitor.
1750 – Conquista a protecção de Madame de Pompadour.
1755 – Torna-se director da Real Manufactura dos Gobelins.
1765 – Nomeado primeiro-pintor de Luís XV.
1770 – Morre em Paris.

Além de pintar, Boucher concretizou figurinos para teatros, tapetes e ficou célebre como decorador. Ajudou na decoração dos palácios de Versailles, Fontainebleau e Choisy

Odalisca
O banho de Diana

As Odaliscas sensuais produzidas por Boucher para Luís XV e vários outros clientes particulares estavam muito longe daquilo que a Académie aprovava.

Fonte: 100 Grandes Artistas de Charlotte Gerlings (Círculo de Leitores)