"Em 15 de junho de 2009 foi promulgada a Lei Federal nº 11. 946, que instituiu o ano de 2010 como Ano Nacional Joaquim Nabuco, tendo como referência o centenário de morte do pensador, escritor, diplomata, político e abolicionista pernambucano Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo.
"Apresenta-se para a nação brasileira a oportunidade de colocar em debate a importância histórica de Joaquim Nabuco e a atualidade das suas ideias, considerando a abrangência, a profundidade e a multiplicidade da sua atuação política e da sua produção intelectual nas esferas da ação parlamentar, da mobilização civil, do jornalismo, da diplomacia, da historiografia e da literatura.
Revelando o alcance social do seu pensamento, Joaquim Nabuco, que foi um dos principais mentores do abolicionismo, advertia, quatro anos antes abolição da escravatura no Brasil, para a necessidade de associar “a emancipação dos escravos e a democratização do solo”, acrescentando que “acabar com a escravidão não nos basta, é preciso destruir a obra da escravidão.”
(fonte: site da Fundação Joaquim Nabuco)
Eufrásia Teixeira Leite,de Vassouras RJ
O amor secreto de Nabuco
A historiadora Claudia Lage é autora de Mundos de Eufrásia, editado pela Record em 2009, que conta, em forma de romance, a história do amor impossível e entre o abolicionista Joaquim Nabuco e a socialite.amiga íntima da Princesa Isabel,investidora financeira/benemérita Eufrásia Teixeira Leite,natural de Vassouras,Rj.
Eufrásia, nascida em 1850, era filha de. Joaquim Teixeira Leite (filho do Barão de Itambé) e de sua esposa .
Ana Esmeria Correa e Castro (filha do Barão do Campo Belo) e sobrinha do Barão de Vassouras.
Foi e continua sendo o vulto feminino mais famoso da cidade e sua influência ali está em toda parte.
"O círculo que protege e aperta"
Ambos solteiros, ela bilionária,ele com situação estável.,mas poderia receber ajuda da namorada nas eventuais dificuldades. Por que a impossibilidade?Eufrásia que tinha talento fora do comum para administrar e multiplicar a fortuna da família ,fez uma promessa ao pai no leito de morte de jamais se casar. Era uma mulher a frente de seu momento, emancipada financeiramente em pleno Brasil Colonial.
A fortuna dos Teixeira Leite era o equivalente-na época-a a 1,85 tonelada de ouro.Outras biógrafos informam que era cerca de 0,5 do PIB do Brasil naquele momento.
Esta fábula foi doada,em testamento, a instituições assistenciais e educacionais com condição de manterem conservada a Casa da Hera,residência da família onde nasceram Eufrásia,a irmã Francisca e o primogênito falecido ainda bebê.
Nabuco e Eufrásia,que se conheceram meninos,voltaram a se encontrar num navio, a caminho da Europa, em 1873.
Ao chegarem `a França,o namorado escreveu ao pai,pedindo que enviasse os documentos para o casamento,que nunca aconteceu. O romance durou 14 anos, entre idas e vindas, que se transformaram em desencontros ,brigas e reconciliações.
Convencido de que não realizaria mesmo seu amor com Eufrásia, Nabuco “velhíssimo” para os padrões da época, se casou aos 39 anos com a jovem Evelina Torres Soares Ribeiro, rica,dócil e completamente diferente de Eufrásia,junto com a qual depois da abolição, dedicou-se `a religião e voltou para a diplomacia.
"Minha mulher e meus filhos formam o círculo dentro do qual sou intangível. Quanto mais esse círculo nos protege, mais nos aperta", escreveu numa carta
Convidado por Rio Branco,Nabuco relutou um pouco em deixar o cargo de Ministro na legação em Londres,mas com a criação da primeira embaixada brasileira em Washington em 1905, compreendeu a necessidade de aproximação com os Estados Unidos,continuando a politica externa da República recém proclamada (1889).
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Eu casei numa família Vassourense e os avós de meu marido foram contemporâneos de Eufrasia ,que voltou ao Brasil e lá morreu em 1930,mas dela só conheciam a figura inacessível para eles, as lendas que a cercavam,a fama de celebridade local. Logo que os visitei, me levaram à Casa da Hera,objeto de uma das cláusulas do testamento da conterrânea.
A casa da Hera
"Uma cláusula no testamento para "conservar a Chácara da Hera com tudo que nela existisse no mesmo estado de conservação, não podendo ocupar ou permitir que fosse ocupada por outros". A casa e as terras da chácara foram herdadas pelo Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus.
Em 1952 a Casa da Hera foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como” expressão do cotidiano de uma família rica de fazendeiros e comissários de café do século 19.
Em 1965 o IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - assinou um convênio de caráter permanente com Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus no qual assumia a guarda e controle da Casa da Hera, que então passou a ser aberta à visitação pública “A casa fechada e sem ocupantes mas preservada por empregados, desde 1873 até ser aberta a visitação pública em 1965 constitui-se em uma verdadeira cápsula do tempo.
O Museu Casa da Hera tem como missão principal, conservar, salvaguardar, pesquisar, expor, e difundir a história do século 19 no vale do Rio Paraíba do Sul"
(fonte:Wikipedia Portugal)
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