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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Anna Bolena


FONTE: BERNAUW, Patrick. The ghost of Anne Boleyn 
publicado em 17/02/2009 ─Trad., adapt. & pesquisa Ligia Cabus
[http://socyberty.com/paranormal/the-traveling-ghost-of-the-headless-witch-anne-boleyn/]



  
 Esq.: O começo: tudo é romance e promessa. Esq.: O fim ─ Anne Boleyn in the Tower, 1835.
 Edouard Cibot [1799-1877]. Musée Rolin ─ Autun, France.


Era ainda uma adolescente quando foi para a corte francesa; e ali deparou-se com uma sociedade imoral. Na Inglaterra, sua irmã, Mary, veterana cortesã, era amante do rei. Anna achou que podia fazer melhor: ela queria ser a esposa. Por seis anos durou o jogo de sedução entre Anna e o monarca. Jogo sutil que ela aprendeu em Paris. Quando a rainha, Catarina de Aragão falhou em gerar um herdeiro, um varão, Henrique achou que era um momento oportuno. Momento para fazer de Anna Bolena a próxima rainha da Inglaterra, a segunda esposa de Henrique VIII.

Ela causava problemas: é um fato. Ciumenta ao extremo, sempre cometendo suas impropriedades. Porém, não merecia ser acusada daqueles crimes tão abomináveis: traição, adultério [com quatro homens], incesto [com seu irmão George, Lord Rochford], bruxaria. Mas quando o assunto era se livrar de uma esposa Henrique VIII fazia qualquer negócio.

Para casar com Anna, Henrique rompeu com a Igreja Católica Romana e adotou o Protestantismo na Inglaterra. Por conta disso, os historiadores católicos jamais a perdoaram, culparam-na ─ e a ela atribuíram as mais abomináveis perversões da moral, da ordem e dos bons costumes. 

Em 1536, o bispo Fisher foi decapitado por recusar-se a reconhecer Henrique como chefe da Igreja. Na ocasião, correram boatos de que Anna mandou que levassem para ela a cabeça do bispo em prato e, tendo a horrenda peça diante de si, transpassou a língua do morto com um estilete de prata. Também diziam que, quando ainda era concubina, tentou envenenar a rainha Catarina e a princesa Mary. Finalmente, muitos acreditavam que Anna Bolena era uma bruxa praticante dos mais indecorosos atos do diabolismo.

Mas o único e verdadeiro crime de Anna Bolena foi o mesmo cometido por Catarina de Aragão: não gerar o ansiado filho varão de Henrique VIII. O rei desgostou-se com a segunda mulher tal como aconteceu com a primeira. Mal suspeitava ele, que a filha concebida com Anna Bolena tornar-se-ia Elizabeth I [1533-1603, chamada a Rainha Virgem], considerada a mais admirável das rainhas da Inglaterra.

Em abril de 1536 cinco homens foram presos sob a acusação de serem amantes da rainha. Entre eles, o irmão dela. Antes de serem torturados, todos afirmaram a inocência da rainha. Mas depois da tortura, um, e somente um deles, o músico holandês Mark Smeaton, acusou-a de infidelidade conjugal. Anna foi presa junto com o irmão. Todos foram encarcerados na Torre de Londres.


Seis Dedos, Três mamilos ─ Em sua pressa de livrar-se dela, o rei declarou que tinha sido enfeitiçado pela mulher. A essa altura, era amplamente aceito como fato que Ana tinha três mamilos, seis dedos na mão esquerda desde a infância sentia uma significativa aversão ao dobrar dos sinos das igrejas, o que era comum nas bruxas. Estava claro! Anna Bolena tinha feito um pacto com o Diabo e o rei tinha sido vítima da maldade de uma feiticeira.

Em 17 de maio [1536] os cinco homens foram executados e, dois dias depois, Anna Bolena foi decapitada. Vestia uma manto leve sobre um traje vermelha. Sua magnífica cabeleira negra estava meio encoberta pelo capuz adornado com pérolas. Quando subiu ao cadafalso, os olhos brilhando, parecia zombar da morte e brincou com o carrasco mencionando seu pescoço pequeno, apelando para habilidade do executor.

Sua bravura fez com que o Governador da Torre escrevesse: Essa senhora morreu com extrema elegância[ou, em tradução literal: Essa senhora teve muito prazer em morrer]. Muitos interpretaram esse comportamento como satisfação de bruxa: porque ia encontrar seu verdadeiro consorte, o Príncipe da Escuridão. Na Torre, ela escreveu um poema:


Morte
Acalenta meu adormecer
Permita-me um repouso tranqüilo
Deixa passar meu espírito 
completamente  inocente

Lá fora tocam os sinos
dos maus presságios
Lúgubres
Deixe-os tocar
anunciando minha morte
Por que eu preciso morrer


Assombração ─ Apesar do apelo poético, o espírito dela não descansou [nem descansa]. Ela foi vista em muitos lugares, particularmente naqueles onde viveu, uma vez; muitas vezes, aparece em seu coche fantasma conduzido por cavalos sem cabeça, um elemento mítico muito associado à bruxaria e demonolatria.

No castelo de  Blickling Hall, Norfolk, todos os anos ela faz uma aparição espetacular no aniversário de sua morte: em seu coche, os cavalos fantasmas galopando na avenida guiados por um cocheiro igualmente sem cabeça.

Na época do Natal, o fantasma vai a Kent, outra residência da família, ela desfilar em seu coche macabro na avenida do Hever Castle. Naquela edificação do século XIII, à sombra de um frondoso carvalho, Henrique cortejou, primeiro Mary, a irmã mais velha; mais tarde, Anna. Ainda durante o Natal, ela durante doze noites ela assombra Rochford, distrito de Essex, onde viveu quando era criança. Nessas ocasiões, assume as feições de uma mulher sem cabeça trajando ricas vestes de seda.

Também é freqüente que seja vista uma certa janela do castelo de Windsor porém, o local preferido dessa alma penada é a Torre, onde ficou presa, morreu decapitada e onde está sepultada. Seu corpo jaz na igreja de Saint Peter ad Vincular [São Pedro Acorrentado], situada dentro da própria Torre. Muitos anos depois da morte, seu caixão foi aberto; ela foi identificada pelo seu infame sexto dedo.

A pequena igreja de São Pedro Acorrentado naturalmente, também é assombrada. Nos anos de 1880, um oficial da guarda percebeu uma luz brilhando dentro da capela. Perguntou ao sentinela o que era aquilo mas o soldado disse que não sabia nem tinha vontade de saber. Curioso, o oficial providenciou uma escada para alcançar a altura necessária e, assim, pôde espreitar pela janela. Viu a igreja iluminada por uma luminosidade mortiça e uma procissão de pessoas usando roupas da época elisabetana movia-se entre os bancos. Guiando a procissão, estava a mulher: em trajes esplendorosos, adornada com jóias. Seu rosto lembrou ao oficial um retrato de Anna Bolena. Subitamente, a procissão desapareceu e igreja mergulhou em escuridão.

Todavia, as aparições de Anna Bolena na Torre não são sempre inofensivas. Ao contrário, em geral, são horripilantes. Em 1817, um sentinela simplesmente teve uma parada cardíaca e morreu ao deparar-se com ela em uma escada.

Em 1864, um soldado foi levado à corte marcial. Tinha sido encontrado adormecido em serviço. \Mas ele negou que dormia; antes, estava desmaiado depois de encontrar a figura pálida de uma mulher que usava um estranho chapéu; mas não havia cabeça sustentando o chapéu. Ele bradou: Quem vem lá?! E avançou; a mulher também se adiantou até que foi transpassada pela baioneta. Mas era como se o sentinela tivesse golpeado o nada, mas um nada ardente que provocou-lhe um choque.

Muitas testemunhas afirmaram diante da corte que também tinham visto aquela mesma mulher sem cabeça, naquela mesma noite próxima ao Lieutenant's Lodgings [alojamento dos militares]; e um oficial da Torre declarou que tinha ouvido o brado do sentinela e visto que ele avançava com sua baioneta. Também viu o espectro atravessar não só a baioneta mas passar através do sentinela também. A corte declarou o réu inocente.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ORIGEM DO DIA DE FINADOS




Você sabia que o feriado de Finados, celebrado a 2 de novembro, embora originado do cristianismo, foi nomeado de forma diversa à real celebração cristã?
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos. Costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém já se lembrava.
Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) suscitam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos". 

O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça, mas não foram canonizados. O dia 2/11 celebra todos os que morreram não estando em estado de graça total, mais precisamente os que se encontram em estado de purificação de suas faltas e, assim, necessitam de nossas orações.

Contudo, você sabia que o feriado de Finados, celebrado a 2 de novembro, embora originado do cristianismo, foi nomeado de forma diversa à real celebração cristã?
Na realidade, o cristianismo, ao contrário do feriado 
brasileiro, celebra a lembrança dos FIÉIS DEFUNTOS e não o dia de finados.

"Qual a diferença?" - você perguntaria. Entretanto, adentrando-se a fundo no significado e na origem das palavras, podemos notar que há sim uma diferença, e relevante. A palavra finado significa, em sua origem, aquele que se finou, ou seja, que teve seu fim, que se acabou, que foi extinto.
A palavra defunto, por sua vez, originada no latim, era o particípio passado do verbo "defungor", que significava satisfazer completamente, desempenhar a contento, cumprir inteiramente uma missão. Mais tarde, foi utilizada e difundida pelo cristianismo, para dizer que uma pessoa morta era aquela que já havia cumprido toda a sua missão de viver. Modernamente, porém, tornou-se sinônimo de cadáver.
O Dia dos Fiéis Defuntos, portanto, é o dia em que a Igreja celebra o cumprimento da missão das pessoas queridas que já faleceram, através da elevação de preces a Deus por seu descanso junto a Ele. 
É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca, mesmo que esteja distante; amar é saber que o outro necessita de nossos cuidados e de nossas preces mesmo quando já não o podemos ver. Pois a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus e com os irmãos, agora e para sempre.


Enviado por: Aline Cristina Viani Couto de Andrade          

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Zâmbia



Geografia
País da África Austral. Faz fronteira com a República Democrática do Congo, a norte, a Tanzânia, a nordeste, o Malawi e Moçambique, a leste, o Zimbabwe, o Botswana e a Namíbia, a sul, e Angola, a oeste. Abrange uma área de 752 614 km2. As principais cidades são Lusaca, a capital, com 1 211 100 habitantes (2004), Ndola (418 400 hab.), Kitwe (406 100 hab.) e Kabwe (197 400 hab.).
O país é constituído, na sua maior parte, por um planalto, situado entre 900 e 1500 metros de altitude. A fronteira sul do país é delimitada pelo rio Zambeze e a fronteira sudoeste pelo deserto do Calaári. A Zâmbia é drenada pelos rios Congo e Zambeze que, na fronteira com o Zimbabwe, perto de Livingstone, tem um enorme desnível no leito, formando as cataratas de Vitória (no Zimbabwe), as mais altas do mundo.

Clima
Tem um clima tropical de altitude. No Sul, o clima é mais seco.

Economia
A economia zambiana depende fundamentalmente da extração mineira. O cobre é o único produto que tem oferecido algum desenvolvimento à Zâmbia e constitui 95% das exportações. As minas foram nacionalizadas a seguir à independência, pelo que a flutuação dos preços mundiais do cobre afeta diretamente a economia deste país africano. A agricultura, de raiz tradicional, só consegue exportar algum tabaco. Os valores do produto nacional bruto decaíram nos anos oitenta, anos de seca, ao mesmo tempo que a população aumentou, o que veio agravar as condições de vida. Os principais parceiros comerciais da Zâmbia são a África do Sul, o Japão, a Arábia Saudita e o Reino Unido.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 0,2.

População
A Zâmbia tinha, em 2006, 11 502 010 habitantes, 43% dos quais vivendo nas cidades. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 41%o e 19,93%o. A esperança média de vida é de 40,03 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,386 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,376 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 14 299 000 habitantes.
Os principais grupos étnicos são os Bemba (36%), os Maravi (18%) e os Tonga (15%). O cristianismo é maioritário, sendo os protestantes 34%, os católicos 26% e os cristãos africanos 8%, enquanto as crenças tradicionais são seguidas por 27% da população. A maioria dos zambianos fala o banto, existindo ainda oitenta dialetos, mas a língua oficial é o inglês.

História
O êxodo para as cidades ocorreu principalmente após a independência. O processo de colonização teve início em 1890 sob a égide da Companhia Inglesa da África do Sul. A evolução das estruturas políticas deve-se em parte à criação do sindicato dos mineiros que progressivamente veio contrabalançar a influência dos europeus. A 24 de outubro de 1964 o antigo protetorado britânico da Rodésia do Norte tornou-se o Estado soberano da Zâmbia.
O governo que resultou das eleições de 1991 tomou medidas no sentido de promover a livre iniciativa empresarial para evitar o declínio agrícola e industrial.
Nas eleições de 2001 foi eleito presidente Levy Mwanawasa que, numa campanha anticorrupção levada a cabo em 2002, levou à prisão o anterior presidente Frederick Chiluba e muitos dos seus apoiantes.

Zâmbia. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-08-11].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$zambia>.

domingo, 10 de julho de 2011

Aleijadinho - Obra e Vida


Antonio Francisco Lisboa, que ficou famoso no mundo inteiro como Aleijadinho, nasceu em Ouro preto, Minas Gerais em 1730, cidade que a época tinha o nome de Vila Rica. Filho do casamento de Manuel Francisco Lisboa, Português e mestre de obras de profissão, e da escrava Isabel, o escultor mineiro aleijadinho aprendeu desde cedo o ofício do pai, que foi o primeiro arquiteto de Ouro preto, apaixonado pela arte, Aleijadinho só fez a escola primária, sua infância e juventude vou ajudando o pai e o tio Antonio Francisco Pombal, um entalhador muito conceituado na cidade àquela época, não aproveitando as brincadeiras de criança que deveria ter. Segundo consta, a formação profissional de Aleijadinho pode ter sido aprimorada, enriquecida com a experiência de João Batista Gomes, abridor de cunhos e de José Coelho Noronha, entalhador e escultor, com que o artista teria uma relação muito boa.
Aleijadinho
Aleijadinho
Em 1777 Antonio Francisco Lisboa contrai a doença que lhe traria com o tempo o apelido de aleijadinho, a doença que foi deformando o artista com o passar dos anos fez com que ele perdesse os dedos dos pés, e das mãos, e os pesquisadores até hoje não conseguiram determinar com certeza qual o problema de saúde que teria trazido tão graves seqüelas, se foi hanseníase, sífilis, ulcerações gangrenosas ou ainda uma tromboangeíte obliterante, doenças que aquela época não tinha tratamento eficaz e muito menos cura. No período mais crucial seus artesãos atavam os instrumentos a luvas de couro que cobriam suas mãos e o carregavam, pois não podia caminhar. A verdade é que a doença trouxe um sofrimento indizível, mas ao que comprova a sua obra, este trouxe uma sensibilidade muito maior ao escultor Aleijadinho, entalhador, desenhista, e arquiteto do Brasil colonial.
Obras Aleijadinho
Obras Aleijadinho
Sua obra tem traços de genialidade que a tornaram conhecida no mundo inteiro, e hoje existe em Ouro preto um museu, onde está exposto o seu acervo e onde é contada a sua história, mostrando o talento e a determinação desse homem, que sofreu dores lascinantes, precisou atar os instrumentos as mãos para poder trabalhar, mas nem mesmo assim desistiu, e no auge de sua doença e com mais de 70 anos e idade, produziu uma de suas mais importantes obras, que é a fantástica coleção de esculturas dos doze apóstolos, que o tornou definitivamente uma celebridade artística, não como escultura de lata ou de neve. As suas obras-primas foram esculpidas em pedra-sabão, realizadas no período de 5 anos, entre 1800 a 1805, na cidade de Congonhas do Campo. As esculturas dos 12 apóstolos Abdias, Adacuque, Amós, Baruque, Daniel, Ezequiel, Isaias, Jeremias, Jonas, Joel, Naum e Oséias, ficam no adro do santuário da Igreja católica do bom Jesus do Matosinho. Na frente da Igreja há uma ladeira com 6 capelas onde estão um conjunto de esculturas de Aleijadinho, em tamanho real, que revelam a Via Crucis de Jesus.
Vida Aleijadinho

A obra de Aleijadinho tem uma forte e decisiva influencia da cultura religiosa católica, mas quando temos o privilégio de visitar o museu e apreciar as belezas, somos imediatamente transportados no tempo, pois essas peças são carregadas de uma emoção indescritível, pela sua grandiosidade, imponência e beleza. Aleijadinho morreu em 18 de novembro de 1814, aos 84 anos e cego, na cidade de Ouro preto, onde nasceu, passou sua vida. Os dados que existem sobre a vida do artista barroco e obra são escassos e provem de um apanhado de memórias escritas pelo vereador de Ouro Preto, Sr. Marino, 40 anos após sua morte, e publicadas posteriormente.

Vida e Obras de Aleijadinho:

Aleijadinho viveu e produziu a maioria de suas obras nas cidades de ouro preto e Congonhas, no estado brasileiro de Minas Gerais, no período de 1730 a 1814. Esses dados carecem de confirmação documental, assim como a sua vida, seus trabalhos  não foram catalogadas na época e não tinham assinatura dificultando um levantamento preciso de sua grandiosa obra. Aleijadinho foi um escultor barroco e trabalhou também como arquiteto, entalhador e marcineiro. Seu talento no entanto ficou conhecido por suas esculturas, e nessa arte trabalhava usando especialmente a pedra-sabão e madeira. Muitos historiadores e estudiosos da vida e obra de Aleijadinho dividem sua carreira em dois tempos diferentes, antes da doença deformante e após o início da doença, sendo essa ultima seu período mais fértil, quando surgiram suas esculturas mais primorosas.

Aleijadinho marcineiro e entalhador

São ao todo 22  trabalhos conhecidos de Aleijadinho como marcineiro, entre eles se destacam oratórios grandes que estão expostos no Museu do Pilar de Ouro Preto e da Inconfidencia e também as cadeiras e o trono episcopal executados num estilo rococó esplendido que estão no Museu da Arte Sacra de Mariana.  Como entalhador o artista fez os altares das Igrejas de N. Sra. do Pilar de Nova Lima e de São Francisco de Assis da cidade de Ouro preto, assim como os altares laterais da Igreja de São João del-Rei. Também executou trabalhos riquíssimos de entalhamento usando pedra-sabão nos portais de diversas igrejas mineiras. São ao todo 29 obras de entalhamento de madeira catalogadas e atribuídas ao artista.

Aleijadinho arquiteto

Em um documento datado do ano de 1771 Antônio Francisco de Lisboa é chamado de arquiteto. Assim sob essa égide o artista produziu 23 projetos e trabalhos conhecidos, entre eles os principais são os projetos das Igrejas de São Francisco de del-Rei que não foi executado, de São João Batista de Barão de Cocais, e de São Francisco de Ouro Preto, além disso é de sua criação o projeto arquitetônico das torres da matriz de Tiradentes.

Aleijadinho escultor

Foi trabalhando como escultor que Aleijadinho deu vazão a todo o seu talento artístico. Em levantamentos realizados por diversos historiadores foram atribuídas ao artista 318 esculturas, além de 25 classificados de esculturas ornamentais. Existem entre uma corrente de historiadores duvidas quanto a autoria de algumas obras do artista, visto que as mesmas não tem assinatura e Aleijadinho teve vários auxiliares e discípulos de suas técnicas. Assim sendo o número de trabalhos atribuídos a Aleijadinho não é definitivo, há a possibilidade de ser bem maior ou não. A obra artística de Aleijadinho passou por diversas fases, mas chama a atenção e o período em que produziu seus melhores trabalhos foi a partir de sua doença, quanto passou a trabalhar exaustivamente, chegando a precisar amarrar as ferramentas as suas mãos. As obras que realizou nessa época imortalizaram seu nome e seu dom, foram 30 anos em que produziu esculturas perfeitas e brilhantes, com uma perícia e uma riqueza de detalhes inimaginável.  É no Santuário de Bom Jesus de Matosinho em Congonhas que se encontra um dos maiores legados artísticos de Aleijadinho, ao qual ele dedicou 10 anos de sua vida a partir de 1796, são 66 estátuas de madeira de cedro que representam a Via Sacra, chamada de “Passos da paixão” e os 12 Profetas feitos de pedra sabão. As 66 estátuas que compõe a Via Sacra estão dispostas em 6 capelas independentes e parecem possuir vida própria, seja pelas cores, pela perfeição ou mesmo pela riqueza de detalhes, com contrapartida as estátuas dos 12 profetas que ficam como que guardando o santuário não tem a mesma perfeição e seus traços anatômicos são muitas vezes desproporcionais.
A obra de Aleijadinho está espalhada especialmente por igrejas e santuarios de Minas Gerais, mas é na cidade histórica de Ouro Preta que se encontra a maior parte do acervo do artista, e também o museu com suas obras, documentos e parte de sua história, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. O reconhecimento do artista ultrapassa as fronteiras brasileiras e ele é reconhecido mundialmente, como um mestre da arte barroca.
Entre suas obras mais importantes, além das citadas, temos a imagem de São João Batista, a portalada  da Igreja de São João do Morro Grande; a imagem de N.S. do Carmo na Matriz de N.S. do Bom Sucesso; a imagem do Bom Jesus; o crucifixo na Matriz da Conceição; a Fonte da Samaritana no Seminário Maior; projeto e execução do chafariz no Hospicio da Terra; altares colaterais de Nossa Senhora da Piedade  e de São João Batista  na Igreja de Nossa Senhora do Carmo; imagem de São Francisco de Paula atualmente no museu do MASP; estátuas dos santos Simão Stock e João da Cruz na Igreja de Nossa Senhora do Carmo; Imagem de Nossa Senhora das Dores no MASP, e inumeras outras obras desse impressionante artista brasileiro.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Origem da Festa Junina




Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.
Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
Tradições
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

 Fonte de Pesquisa:
http://www.brasilcultura.com.br

sábado, 14 de maio de 2011

Minha primeira Cria, meu primeiro Livro publicado


Este é meu livro, nasceu meio sem querer, um apelo dos amigos para que eu divulgasse meus poemas e cronicas, agora o filho está parido e espero que o leitor aprecie meus texto amadores. Tudo aqui foi escrito com muito amor e por amor.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

As amantes da realeza britânica


Camilla Parker Bowle e Ana Bolena estão entre as mulheres que marcaram a história extraconjugal de reis e príncipes da Inglaterra







A realeza britânica está em festa. Príncipe William, o segundo da linha de sucessão ao trono britânico casa-se com Kate Middleton nesta sexta-feira (29) e, ao contrário do que virou tradição na história, o jovem casal não está envolvido em escândalos de traições. Do rei Eduardo III, no século 13, ao príncipe de Gales, Charles, nos anos 1970, muitos monarcas ingleses tiveram romances fora do casamento.
Veja quais as amantes marcaram a história da realeza britânica:




Príncipe Charles e Camilla Parker se casaram em 2005
Camilla Parker Bowles (nascida em 1947)
O relacionamento da duquesa de Cornulha com Charles, o Príncipe de Gales, começou na década de 1970, quando se conheceram em um jogo de pólo. O namoro durou ano. Camilla colocou um ponto final na relação porque o pedido de casamento que não aconteceu.
Charles então se casou em 1981 com a jovem e virgem Diana Spencer e passou a traí-la com Camilla. O casal de amantes foi flagrado em 1992, durante uma conversa telefônica bastante íntima.  Assim como o príncipe, a duquesa era casada e a descoberta do adultério culminou a separação de ambos.
Em abril de 2005, os eternos namorados decidiram oficializar a união. Eles se casaram no castelo de Windsor. Na ocasião, Camilla usava um vestido do estilista Robinson Valentine.





Wallis Simpson e Eduardo VIII
Wallis Simpson (1896 - 1986)
A duquesa de Windsor realmente fisgou o coração de Eduardo VIII. Apaixonado, ele abdicou do trono em 1936, após 11 meses, porque foi proibido de se casar com Wallis Simpson assim que o divórcio dela fosse declarado.
No ano seguinte, já com o título de duque de Windsor, ele atendeu ao pedido dela de que abandonasse a acompanhante Thelma Furness, viscondessa Furness, e a amante Freda Dudley Ward. Eles oficializaram a união e viveram uma intensa relação que escandalizou a conservadora sociedade inglesa da época. O casal envolveu-se com bebidas e  festas que acabavam em orgias e aparentemente eram simpatizantes da Alemanha nazista.
Ficaram juntos por 36 anos, até a morte dele.



Foto: Reprodução
Sarah Bernhardt foi amante de Eduardo VII
Sarah Bernhardt (1844 - 1923)
Eduardo VIII não teve apenas Wallis como amante. Quando ainda era príncipe, ele e Sarah Bernhardt tiveram um romance.
Sarah estava infeliz no casamento com o ex-oficial militar e ator grego Jacques Damala, que entrou em colapso quando o marido passou a alimentar o vício em morfina e a sair com mulheres.
Conhecida como "a mais famosa atriz da história do mundo", a cortesã francesa buscou consolo nos braços do príncipe.




Foto: Reprodução

Jennie Jerome



Jennie Jerome (1854 - 1921)
A socialite norte-americana também viveu um caso com o príncipe Eduardo VIII mas ficou mesmo conhecida como mãe do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill.







Maria Fitzherbert





Maria Anne Fitzherbert (1756 - 1837)
Viúva pela segunda vez, Maria Anne Fitzherbert ficou com a herança do segundo marido e entrou para a alta sociedade de Londres. Em 1784. foi apresentada para um homem mais jovem, o príncipe de Gales, Jorge IV, e passou a sair às escondidas com ele.
Considerada a mais notável amante do futuro rei do Reino Unido e de Hanôver, ela o deixou apaixonado. Em 1785, eles fizeram uma cerimônia de casamento secreta, mas inválida já que não teve a aprovação de Jorge III. Por isso, ela era companhia do rei sem ser considerada rainha.




Bess Foster



Elizabeth Cavendish, a Bess (1759 - 1824)
Separada, mas impedida pelo ex de ver os dois filhos durante 14 anos, Bess foi apresentada ao duque William pela sua mulher, Georgiana, que aceitou as traições do marido em silêncio.
Com a morte de Georgiana, William pôde se casar com Bess, a nova duquesa de Devonshire. O casal teve dois filhos, Augustus e Caroline.
Em 2009, a história de Bess ganhou os cinemas com "A Duquesa de Devonshire", estrelado por Keira Knightley.




Louise Renée de Pennancoet de Kéroualle




Louise Renée de Pennancoet de Kéroualle (1649 - 1734)
A dama de Henriqueta Stuart, duquesa de Orleans, foi amante do rei Carlos II. Em 1672, ela deu a ele um filho, Charles Lennox, que posteriormente tornou-se 1º duque de Richmond.
Em 1673, Louise foi designinada por Carlos baronesa Petersfield, Condessa de Fareham, duquesa de Portsmouth, e designada por Luís XIV duquesa de Aubigny.
Com a morte do rei, ela se mudou para Château de la Verrerie, no seu domínio de Aubigny, e veio a falecer em Paris, em 1734.






Ana Bolena
Ana Bolena (1507 - 1536)
Ana Bolena e Henrique VIII tornaram-se amantes em 1532, depois de muita insistência por parte do rei. Ana relutava, pois havia acompanhado o sofrimento de sua irmã Maria, antiga amante do rei.
Casado com Catarina de Aragão, Henrique pediu à igreja que o divorciasse para então se casar com Ana. Sem sucesso, iniciou-se a ruptura religiosa entre a Inglaterra e a Igreja Católica Romana, resultando na criação da Igreja Anglicana.
Ana tornou-se rainha e com cerca de 1000 dias no trono foi presa na Torre de Londres, acusada de incesto com o irmão Jorge, com quem tentava ter um filho homem para oferecer ao rei. Ana acabou decapitada por um carrasco francês, conforme sua vontade.






Maria Bolena

Maria Bolena (1499 - 1543)
Com fama de devassa na França, Maria teria sido amante do rei Francisco e apelidada de "minha égua inglesa".
Foi amante do rei Henrique VIII antes da irmã, Ana Bolena.
Na obra "As seis mulheres de Henrique VIII", é descrita como "uma jovem leviana, que desfrutava de todos os prazeres da corte."








Memorial de bronze de Elizabeth Blount

Elizabeth Blount, a Bessie (1502 - 1540)
Filha do fiel servo da família real, Sir John Blount, Bessie era conhecida pela beleza e pelo caso com Henrique VIII.
Quando adolescente, ela passou a frequentar a corte como dama de honra da rainha Catarina de Aragão e foi assim que se aproximou do rei, em torno de 1514.
Cinco anos depois, Bessie deu à luz um filho ilegítimo de Henrique, Henry Fitzroy, criado como duque de Richmond e Somerset. Ele foi o único filho reconhecido pelo rei.
 



Barbara Palmer



Barbara Palmer (1640 - 1709)
1° Duquesa de Cleveland foi uma cortesã real e uma das mais notórias amantes do rei Carlos II da Inglaterra.












Frances Teresa Stuart
Frances Teresa Stuart (1647-1702)
Apelidada de La Belle Stuart, era filha do médico escocês do rei Carlos II, do qual foi dama de honra em seu casamento.
Após três anos de união com o Duque de Richmond e Lennox, Carlos II mandou seu marido à Escócia e Dinamarca para que os dois pudessem ter momentos juntos.
O duque morreu durante a viagem e La Belle Stuart recebeu ainda mais atenções de Carlos.









Dorothea Jordânia, amante do rei Guilherme IV
Dorothea Jordânia (1761 - 1816)
Durante 20 anos foi amante e companheira do rei Guilherme IV, quando ele era duque de Clarence. Juntos tiveram pelo menos 10 filhos ilegítimos.
Dorothea era também cortesã e conhecida pelas pernas exibidas durante as apresentações como atriz.
Para atuar, assinava Mrs. Jordan para fingir ser casada e ganhar mais respeito do público.

sábado, 23 de abril de 2011

Palácio de Buckingham

A monarquia britânica tem a residência de verão e a oficial no Palácio de Buckingham, que fica em Londres, na Inglaterra. Além da moradia oficial, o Palácio de Buckingham é o local onde acontecem as visitas oficiais dos chefes de Estado ao Reino Unido, além é claro de ser uma das atrações turísticas mais visitadas de Londres.
Apesar de todo esse glamour e importância, parece que os britânicos não gostam muito do Palácio de Buckingham. Em uma votação realizada em 2005, o palácio foi eleito o quarto prédio mais feio de toda a Londres. Só você vendo de perto para ver se os britânicos estão ou não com a razão. Pessoalmente eu gosto muito e acho que tem uma certa imponência que atrai olhares.
Palácio de Buckinghan em Londres
Palácio de Buckingham em Londres
O Palácio de Buckingham é conhecido originalmente como Casa de Buckingham, um edifício em formato de coração que faz parte do atual palácio. A casa foi construída pelo Duque de Buckingham no ano de 1703 e comprada pelo rei Jorge III em 1762. O local então ficou conhecido como A Casa da Rainha; após isso ela foi ampliada e reformada e ganhou três alas em volta do pátio central.
Só em 1837, ano da coroação da Rainha Vitória é que o Palácio de Buckingham se tornou residência oficial. A partir deste momento a residência passou por mudanças e reformas. Cada rainha, rei ou príncipe que habitou o Palácio de Buckingham lá deixou sua marca. Já os jardins do Palácio de Buckingham são os maiores jardins privados de toda Londres, eles até abrigam um lago artificial.
E como o Palácio de Buckingham serve tanto para receber chefes de Estado, como para os eventos da família real, a maior festa que a Rainha concede são as Festas de Jardim da Rainha; o numero de convidados aqui pode chegar a 8 mil pessoas. É uma das mais belas festas que segue todo um cerimonial: tendas são erguidas no jardim e a banda militar toca o hino nacional, só depois disso é que a rainha adentra a Sala do Arco e lentamente, caminhando entre os convidados se dirige até o local da festa.
Guarda Real Britânica
Guarda Real Britânica
E você pode contemplar de perto toda essa beleza. Geralmente quando a rainha sai de férias para o seu Castelo particular na Escócia, o Palácio de Buckingham é finalmente aberto a visitação dos plebeus. Nesta época, que varia muito de ano a ano, os visitantes podem ver os ricos e bem decorados quartos do Palácio de Buckingham, além dos tesouros da Royal Collection que tem pinturas de Rembrandt, Rubens, Poussin e Canaletto além de esculturas e belas porcelanas.
Cada visita dura duas horas e é feira das 9h45 às 18h. Você gasta em média 16,50 libras por bilhete para ter acesso ao Palácio de Buckingham ou 15,00 libras para estudante e idosos, e 9,50 libras para crianças com menos de 5 anos.
Além de uma possível visita interna ao Palácio, a atração turistica é a troca da guarda britânica feita diariamente  às 11h30 (manhã) e que pode ser vista por qualquer turista; uma cerimônia única e muito original.
Conheça o Site Oficial: Palácio de Buckingham
Fotos: Wikipédia

Abadia de Westminster Londres Reino Unido




Falar da Abadia de Westminster é falar sobre um dos mais importantes pontos turísticos de Londres. É uma igreja gótica, onde a história foi coroada uma boa parte dos monarcas britânicos, e onde estão enterrados muitos deles.
A abadia foi construída no século XI, que é uma das razões porque é uma base românica, cujos primeiros alicerces foram lançados por monges beneditinos, em seguida, vieram as reformas por Henrique III, Ricardo II, Henrique VII ...

Durante séculos, a abadia era um símbolo de Londres e do Reino Unido, não sem controvérsia, a questão da igreja ou catedral, as suas duas torres são o símbolo mais conhecido da Abadia, com as reformas ao longo dos séculos e onde os reis foram coroados como por exemplo o rei Edward V, Edward VIII, onde o arcebispo de Canterbury teve um papel fundamental.

Aqui também estão enterrados os reis, como Eduardo, o Confessor, Henry III, Edward I, Edward III, Henrique VII, Mary I e Elizabeth I, entre outros. Além dos reis, outras figuras, tais como Charles Darwin, Laurence Olivier, Isaac Newton ..

domingo, 20 de março de 2011

O CONTO DO DISCO VOADOR-CASIMIRO DE ABREU-RJ



● Se alguém me contasse hoje a estória sobre a anunciada aterrissagem de um disco-voador procedente de Júpiter, em Casimiro de Abreu, com certeza diria que meu interlocutor deveria ser internado rapidamente. Mas o repórter - até por dever profissional - foi testemunha ocular (e de corpo presente) dessa trapaça, que teve repercussão internacional e reuniu, nos arredores de uma propriedade rural sombria, supostos Phds em objetos voadores, ufólogos sérios, outros nem tanto, além de curiosos, tipos esquizofrênicos, batedores de carteiras, gente exótica com pinta de cientista maluco, vendedores ambulantes e uma multidão de espectadores que se espremeram no meio da vegetação rala, numa vigília “cósmica” de dar inveja a qualquer diretor de cinema de Hollywood. Esse teatro de operações foi encenado, sem pudor ou constrangimento, aqui na Baixada Litorânea, RJ, berço de Casimiro de Abreu, o poeta da saudade, que soube enaltecer “sua infância querida (sem discos-voadores), que os anos não trazem mais”.

● Esse esdrúxulo espetáculo entrou em cartaz no dia 8 de março de 1980, há 29 anos, após exaustiva propaganda feita pelo “vidente” e ufólogo-de-meia-tijela, Edílcio Barbosa. Esse sujeito merecia ser homenageado. Mesmo depois de morto, o que aliás viria ocorrer após o show patético de Casimiro. Barbosa teve as pernas amputadas e, em seguida, falecera. Seus discípulos terrestres ensaiaram boatos de que o “porta-voz” de Júpiter teria sido vítima da maldição de sua ousadia. Pura idiotice com crendice em busca de holofotes. Barbosa, na verdade, teria sido “resgatado” pelo diabetes e complicações afins. Nada do além, a não ser a própria morte. Mas – justiça seja feita – esse sujeito conseguiu atrair a opinião pública para a sua festa “rave” ao estilo cósmico. Só não teve música eletrônica. Mais de 10 mil pessoas invadiram a fazenda, área serrana de Casimiro, com promessa de assistir a aterrissagem de uma nave de Júpiter. O pouso seria às 5h40min daquela manhã de 1980. “Eles, os Ets, são britânicos” ,disse um assessor de Barbosa.

● Compacta, silenciosa, ansiosa e de olhos grudados no firmamento, ou na linha do horizonte, a multidão parecia disciplinada ao romper a madrugada sob o ataque de insetos e disputando o melhor lugar, naquele vale, para assistir a chegada do disco-voador, segundo a “profecia” de Barbosa. Ele garantiu que a nave de Júpiter devolveria, vivos, três militares da Marinha que sumiram a bordo de um helicóptero da Base Aeronaval de São Pedro, acidentado em alto mar há alguns anos da “pajelança” em Casimiro de Abreu. Familiares dos tripulantes da aeronave militar passaram a acreditar na “visão” do ufólogo-de-araque, e o assunto (até então tratado com reservas pela imprensa) acabou nos grandes jornais e nos principais telejornais. Foi o que o promoter da festa cósmica precisava para criar um ambiente de pouso oficial.

● Numa área plana da fazenda sob a vista da multidão, improvisou-se uma espécie de Disco porto, num descampado em forma de triângulo, cuja referência era uma árvore. Alguém avisava num megafone: ”atenção: é proibida a presença de humanos nessa área demarcada, do contrário a nave não vai descer”. Foi quando se percebeu o início dos protestos da galera. A mensagem do locutor do megafone gerou a primeira desconfiança do público. A gritaria de ambulantes – inclusive os bem-sucedidos vendedores de papel higiênico - se mistura a um burburinho na platéia. Aproxima-se a hora da aterrissagem da nave de Júpiter e, no meio da multidão, exausta e sonolenta, um sujeito com roupas exóticas e empunhando um binóculo grita: “Olha a horaaaa!” Foi o tom que faltava para um coral de milhares de curiosos repetir a cobrança.

● O momento era de tensão no Disco porto de Casimiro. Autoridades deixaram de lado a evidência e o constrangimento de serem também protagonistas e se posicionaram para a iminência de um tumulto. Ao invés do disco-voador de Júpiter trazendo os tripulantes do helicóptero da Base Naval, no momento previsto da aterrissagem dos Ets, quem sobrevoou a região tomada pela multidão, foi um pássaro, provavelmente assustado com a ocupação indevida de seu habitat. O pássaro recebeu calorosos aplausos. A galera já estava a ponto de linchar o autor da farsa sideral quando um ruído diferente emudeceu os espectadores. O silêncio só foi quebrado, quando se confirmou que o ruído intermitente não era de extraterrestes. Mas vinha da maria-fumaça, que agora apontava no horizonte, serpenteando em meio a vegetação e fazendo soar o velho apito naquele vale de ópera bufa.

● A locomotiva ainda cortava as terras em torno da fazenda quando o ufólogo Barbosa começava a ser xingado e ameaçado pela multidão. Ele quis justificar o fiasco dizendo “que tinha gente no local de pouso atrapalhando a chegada da nave de Júpiter”. A declaração mentirosa e cínica, era o que faltava para massa enfurecida tentar pegar o impostor para lhe dar um corretivo. Mas a polícia de plantão no local, inclusive com cobertura de efetivo da Marinha, evitou o massacre, retirando Barbosa às pressas da fazenda, onde até equipamentos de telefonia foram instalados na área do Disco porto. Como um conjunto de orelhões a poucos metros da “pista de pouso”.


● Eu conversava outro dia com Berto Filho e, sorrindo muito, ele lembrou que no exato dia da anunciada chegada da nave de Júpiter na fazenda de Casimiro de Abreu, a “notícia” foi lida por ele, no Jornal Nacional, com natural incerteza diante do surrealismo. E, é claro, o próprio telespectador terá percebido o nível da notícia e a forma de interpretação que lhe fora dada pelo locutor. Mas, apesar da utopia cósmica, Barbosa conseguiu montar um exótico circo: além de forçar a participação de autoridades, num episódio movido por lendas e fábulas, Barbosa levou milhares de pessoas de vários Estados ao local do show e entupiu a BR 101 com um engarrafamento monstruoso entre Macaé e Rio Bonito.

● Não move ao repórter qualquer intenção de achincalhar as pessoas honestas que se dedicam aos estudos científicos em torno dos chamados Objetos Voadores Não Identificados (ÓVNIS). Mas, por enquanto, nada me convence sobre a veracidade de incursões de discos-voadores sobre as nossas cabeças. Apesar dos estudos à respeito e de relatórios produzidos por governos, o único capítulo que me parece exigir uma explicação transparente é o que envolve a cidade mineira de Arachá, sob risco dessa crendice lunática comprometer o núcleo de inteligência da Unicamp, que teria sido acionado para analisar cientificamente supostos bonecos esquizofrênicos. Essas criaturas exóticas teriam assustado algumas mocinhas e até ferido um guarda.

● Reafirmando meu respeito aos ufólogos de verdade, devo lembrar que, no meu tempo de garoto, sempre que se abordava discussão à respeito de Ets,a gente logo ouvia dizer que disco-voador era uma criativa invenção de soviéticos e americanos para assustar os países subdesenvolvidos. Como pode ser também uma bela engenhoca para pesquisa metereológica, o que se constata na maioria das aparições de objetos luminosos sobre nossas cabeças. Gostaria até de abrir discussão aqui na coluna sobre essa estória esdrúxula de ÓVNIS. Um velho amigo é expert em produzir imagens fotográficas que se confundem completamente com o que seriam discos-voadores. Não é necessária muita coisa: um prato comum, uma lanterna e uma câmara fotográfica são os ingredientes chaves para se produzir uma imagem capaz tirar o sono dos cientistas da Nasa.

● Mas voltando a Casimiro de Abreu, não são poucos os que dizem que a região tem algo que atrai extraterrestes. Isso tudo não passa de uma boa tradição lendária e fabulosa que passa de pai para filho sem que até hoje uma só prova concreta tenha confirmado esses delírios cósmicos. O dia em que o ser humano documentar extraterrestes e seus veículos luminosos, o colunista reconhecerá a teimosia dos caçadores dessas (divulgadas) criaturas cabeçudas e horrendas. Fica o desafio (extensivo a todo o planeta Terra). O dia que disco-voador deixar de ser lenda, ilusão de ótica ou avançado disfarce militar e científico, serei o primeiro a rasgar a Bíblia Sagrada. Pelo menos até agora nada contido na Bíblia foi contestado. Mas as previsões das Escrituras são comprovadas a cada segundo. Só se engana quem quer.

● Em Casimiro de Abreu, o estudante Wanderson Chan, ocupa o site oficial da Prefeitura para divulgar o curta-metragem que produziu com base na estória sobre a chegada (que não se deu) de discos-voadores nos arredores da cidade. Intitulado “Casimiro de Abreu, a Invasão”, o filme do rapaz já participou do último Festival de Curta de Cabo Frio.É uma obra de ficção com elenco de 5 pessoas, que esteve ainda na Mostra de Cinema de Londrina. O desembarque de extraterrestes que não houve, também virou livro na terra do poeta da saudade, autor do clássico “As Primaveras”.

Levi de Moura
levi.de.moura@bol.com.br