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sábado, 2 de outubro de 2010

OS AMORES DE NAPOLEÃO BONAPARTE



Na marcha sobre o coração da Europa, o último grande imperador do Ocidente conquistou mais do que terra e glória: fez do poder uma arma de sedução. Descubra o general que só suas amantes conheceram

Lira Neto
A bela e jovem Caroline, de 16 anos, filha de madame Grégoire Colombier, logo notou que aquele tenente baixinho, magricela e de uniforme amarrotado estava caído de amores por ela. Tímido, envergonhado do sotaque estrangeiro, ele não tinha coragem de declarar-se. Limitava-se a acalentar uma paixão platônica, enquanto os dois colhiam cerejas na casa de campo da família dela, em Basseaux.
O rapaz confessava seus sentimentos apenas para o diário que mantinha trancado em uma gaveta no quartinho que alugara em Valence - a primeira cidade para onde fora mandado a serviço do Exército francês. “Sempre solitário entre os homens, volto para casa, para sonhar na solidão e entregar-me à força de minha melancolia”, escreveu ele. “Na verdade, o que faço neste mundo? Já que terei de morrer, não é mais lógico me matar?”, indagava-se, aos 17 anos, Napoleão Bonaparte.
Até então, jamais experimentara o calor dos braços de uma mulher. Como sabemos, o jovem Napoleão não escolheu o suicídio. Nos últimos dois séculos, sua história já foi contada de muitas formas. Ele foi desde o gênio militar que transformava derrotas certas em vitórias até o hábil político capaz de se tornar imperador de uma nação que, anos antes, havia levado seus reis à guilhotina.
Despido das armas e fora do trono, contudo, Napoleão era demasiado humano. E, para se entender a vida de um homem, poucos recursos são tão valiosos quanto conhecer o modo como ele amou suas mulheres.
O gato de botas
Napoleão nasceu em Ajácio, na Córsega, em 15 de agosto de 1769, ano em que a ilha, a oeste da atual Itália e antes pertencente ao estado genovês, acabara de passar ao domínio da França, após malograda tentativa de independência. “Nasci quando minha pátria estava morrendo”, diria ele mais tarde.
Do primeiro flerte, ainda nos tempos de escola, não guardava boas lembranças. Os colegas de classe não lhe perdoavam os olhares que lançava para a pequena Giacominetta, então sua companhia predileta nos intervalos do colégio. “Napoleone di mezza calzeta, fa l’amore a Giacominetta!” (”Napoleão de meias caídas é amante de Giacominetta”, numa livre tradução do italiano), tripudiavam os meninos, atiçando a ira do garoto, que respondia atirando-lhes pedras e palavrões cabeludos.
Quando tinha 10 anos, Napoleão foi enviado pelo pai para estudar na França. Aos 15, o jovem franzino foi admitido como cadete na Escola Militar de Paris, onde se formaria artilheiro em tempo recorde: dez meses, quando o normal seriam três anos. O rapaz havia renunciado às tentações da cidade e mergulhado com afinco nos estudos do Tratado de Matemática, do professor Bezout, um calhamaço de quatro volumes cujo conteúdo era a base do exame final para os aspirantes a oficial da artilharia.
Com apenas 16 anos, Napoleão já envergava o garboso uniforme de tenente do Exército francês. Sempre com a gravata amarfanhada e cabelos gordurosos, notariam as moçoilas casadoiras de Paris. As botas negras e sujas pareciam grandes demais para aquele par de pernas finas e curtas, o que lhe valeria o apelido de “Gato de Botas”, dado por uma jovem amiga, a futura escritora Laure Permon. “Sua pele era amarelada e parecia insalubre, os traços de seu rosto eram angulosos e marcados”, descreveria Permon em suas memórias.
Com tal estampa, não era de admirar que o jovem oficial ainda não conhecesse os prazeres do amor. Isso durou até certa noite de novembro de 1787, quando uma das muitas prostitutas que borboleteavam nas imediações do Palais Royal, no centro de Paris, foi abordada por ele.
O rapaz tinha 18 anos, mãos trêmulas e, a muito custo, depois de uma verdadeira sabatina - onde ela nascera, de onde viera, como perdera a virgindade -, convidou-a a deitar-se com ele. Para uma profissional do ramo, ficou óbvio que o primeiro cliente da noite era um homem inexperiente. “Eu a aborreci depois, com minha insistência para que não fosse embora”, confessaria um constrangido Napoleão nas páginas de seu diário.
Gigante e anão
Em 1789, aos 20 anos, enquanto as massas tomavam as ruas de Paris durante a Revolução Francesa, Napoleão pediu licença da corporação e voltou para sua terra natal. Lá, aproveitando-se da atmosfera libertária que varria o país, liderou um movimento que elevou a Córsega de região conquistada a parte integrante da nova França que surgia. “Foi ali que ele teve, pela primeira vez, a sensação de provocar acontecimentos, de fazer a história. Sensação totalmente nova, que o embriagou”, diz o historiador francês Max Gallo, autor da mais consagrada biografia de Napoleão.
De volta a Paris, Napoleão foi promovido a capitão com apenas 23 anos de idade. Um ano depois, após comandar um ataque bem-sucedido a forças britânicas que dominavam o porto de Toulon, no sul da França, ganhou o posto de general-de-brigada.
Foi a partir daquele combate que a soldadesca começou a reverenciar-lhe a audácia e a coragem. Contavam, com entusiasmo, sobre como ele ia à frente da tropa, exposto ao fogo inimigo. Mesmo após ter seu cavalo morto em batalha e ser ferido com um golpe de baioneta na coxa, havia continuado a lutar e, com a farda banhada em sangue, incitado seus soldados a seguir adiante.
Hábil estrategista e guerreiro arrojado, aquele homem de cerca de 1,60 metro parecia transformar-se em gigante no ardor do combate. Mesmo assim, diante dos olhares femininos, continuava a sentir-se um anãozinho.
Em um período de dois anos, propôs casamento a pelo menos meia dúzia de mulheres. Todas o rejeitaram. De nada adiantaram as aulas de dança e os cursos de etiqueta que fazia para tentar melhorar seu desempenho. Faltava-lhe tato para abordar as eleitas, mesmo as muito feias ou muito velhas.
A sexagenária madame Montausier, dona de um teatro e de um bordel em Paris, foi uma das que o rechaçaram. Já a quarentona madame Permon, mãe da jovem Laure Permon, não conseguiu evitar uma gargalhada ao receber a proposta de ser conduzida ao altar por Napoleão, que além da deselegância habitual passara a sofrer também com a sarna, doença adquirida nos campos de batalha. “Além do mais, tenho idade suficiente para ser sua mãe”, teria respondido a senhora.
Porém, naquela época, pelo menos uma donzela se apaixonou de verdade pelo general: Bernardine Eugénie Désirée, 16 anos. Contudo, para desgosto da jovem, o romance não foi adiante. O pai dela, François Clary, um negociante de sabão, já havia concedido a mão da primeira filha a José Bonaparte, irmão mais velho de Napoleão.
É verdade que o novo candidato a genro tinha uma carreira militar em ascensão. Mas Clary almejava algo mais que casar outra de suas filhas com um imigrante. “Já basta um Bonaparte em nossa família”, sentenciou o pai, insensível às lágrimas de Désirée.
A enxaqueca do general
Elegante e com uma aura de voluptuosidade, Josefina de Beauharnais era a viúva de um visconde morto na guilhotina durante a Revolução Francesa. Na lista dos que perderam a cabeça por ela, logo entraria também Napoleão. Para o general corso, casar-se com uma nobre representante do Antigo Regime significaria um passo a mais em sua gradual inserção na sociedade parisiense.
Aos 26 anos, Napoleão já era comandante-geral do Exército do Interior (em breve, suprimiria o “u” do sobrenome original - Buonaparte - com o objetivo de afrancesar-lhe a pronúncia). Para a balzaquiana Josefina, pouco importava se o general era seis anos mais novo que ela. Calculou que um casamento com o prestigiado comandante poderia significar a garantia de bem-estar para seus dois filhos, Eugène, de 14 anos, e Hortense, de 12. E o antes desleixado Napoleão agora estava mais apresentável, mantendo os cabelos limpos e as roupas salpicadas com água-de-colônia.
Em março de 1796, os dois se casaram. Na certidão, a noiva aproveitou para suprimir dois anos à própria idade, enquanto Napoleão tratou de acrescentar dois à sua. Mas o casal mal teve tempo de aproveitar a lua-de-mel: dois dias depois da cerimônia, o general foi enviado para dar combate aos austríacos, no norte da península Itálica.
Enquanto Josefina permanecia em Paris, esbanjando fortunas em recepções luxuosas, o marido enviava-lhe do front uma carta febril atrás da outra: “Beijo seus seios e mais embaixo, muito mais embaixo”, escrevia Napoleão, enquanto os canhões trovejavam ali perto. A esposa lia as declarações de amor e de desejo, guardava-as no criado mudo e quase nunca as respondia. “Meu marido não me ama. Ele me idolatra. Creio que acabará maluco”, confidenciava ela às amigas e ao novo amante, o capitão Hippolyte Charles - um homem que, segundo Josefina, além de experiente nas artes do amor, tinha outra qualidade que também faltaria a Napoleão: ele a fazia sorrir.
Em um dos intervalos da campanha da Itália, o general foi até Milão, onde Josefina havia combinado de esperar por ele. Mas esposa não estava lá. “Depois de quase desmaiar de consternação, o homem que conquistou o norte da Itália caiu doente, com enxaqueca”, diz outro de seus biógrafos, o americano Steven Englund.
Mesmo com o coração partido, o gênio militar fez os austríacos dobrarem os joelhos em derrotas sucessivas. Josefina viu Napoleão regressar à França em outubro de 1797, na condição de herói nacional.
Em pouco tempo, ele foi encarregado de comandar uma nova e ambiciosa expedição armada, dessa vez para o Egito. De lá, pretendia alcançar a Índia, então uma colônia sob o domínio da Inglaterra, o mais poderoso inimigo da França.
No Egito, consciente das traições de Josefina, Napoleão decidiu que era hora de dar o troco. Impressionou-se de imediato com a belíssima Pauline Fourès, de 20 anos, que se disfarçara de homem para poder acompanhar o marido, um tenente da cavalaria, durante a campanha militar.
O comandante despachou o tenente para uma outra missão e alojou a encantadora Pauline em uma casa bem ao lado de seu quartel-general. A jovem não resistiu aos assédios de Napoleão. “Foi a primeira mulher com quem ele se comportou como dono e senhor”, diz Max Gallo.
O general não fazia nenhuma questão de esconder o romance. Os próprios soldados passaram a tratar Pauline como “a soberana do Oriente” e “Cleópatra loura do general”. Ao mesmo tempo, Napoleão manteve um caso com a filha de um xeique, a egípcia Zenab (quando os franceses deixaram o país, ela teve a cabeça cortada por sua união com o general inimigo).
A campanha do Egito de 1798 não repetiu o êxito obtido na Itália (encabeçando a lista dos maiores reveses, a frota francesa de navios foi destruída pelo almirante inglês Horatio Nelson). Mas, para Napoleão, o pior golpe estava por vir: Josefina não estava em casa para receber o guerreiro no retorno do campo de batalha.
Bonaparte decidiu que o divórcio era a única saída honrosa que lhe cabia. Desta feita, foi a vez de Josefina cair desmaiada. De joelhos, pediu perdão ao marido, que, enfurecido, trancou-se no quarto sozinho.
Depois de horas de súplica, Napoleão deixou-a entrar. Abraçou Josefina e a perdoou. O general implacável capitulava diante das lágrimas de uma mulher.
O harém do imperador
“Minha única paixão, minha única amante é a França. É com ela que me deito”, proclamava Napoleão. Em breve, isso seria mais que uma frase de efeito.
Com o apoio do povo, que o saudava como herói nas ruas, planejou e executou um golpe de Estado que o levou ao poder, em 1799. Instituiu o Consulado, triunvirato exercido por ele e dois aliados de ocasião. Não demorou muito e se impôs como “primeiro cônsul”.
Estabeleceu uma nova Constituição, amordaçou jornais, eliminou potenciais adversários. Para completar, determinou que seu poder passaria a ser vitalício. Em 1804, oficializou o que já era realidade: restaurou a monarquia e, aos 35 anos, tornou-se imperador da França. Josefina foi coroada imperatriz.
Além de Josefina e da França, entretanto, Napoleão se deitava com outras. Ao lado de seu escritório, mandara construir uma alcova em que recebia as mais belas mulheres que seus assessores conseguiam encontrar nos salões da corte. Estas eram introduzidas no recinto com a recomendação de que o esperassem sob os lençóis, completamente despidas.
Entre amantes fortuitas, houve casos mais intensos. Entre eles, o que manteve com uma famosa atriz de teatro, mademoiselle Georges, a quem apelidou de Georgina. Quando o criado do imperador abordou a atriz pela primeira vez, ela ficou chocada com a obscenidade do convite. Mas, logo depois, sentiu-se honrada em visitar os aposentos íntimos do senhor mais poderoso da Europa - e, por conseqüência, de todo o mundo. “Mas continue a fazer cara de assustada, ele gostará disso”, sugeriu-lhe o criado.
Josefina sabia dos adultérios do marido, mas suportava em silêncio. Permaneceu assim inclusive quando Napoleão mostrou-se apaixonado por uma condessa polonesa de 32 anos. Maria Waleska havia sido encorajada pelos compatriotas - e pelo próprio marido - a seduzir o imperador francês.
O objetivo era convencer Napoleão a restituir a independência da Polônia em relação à Rússia, à Áustria e à Prússia (que dividiam entre si as sobras do antigo reino, desintegrado a partir de 1795). Maria Waleska aceitou a missão. Na primeira noite em que dormiram juntos, ele praticamente a violentou. Nem assim ela reclamou. Pelo contrário, apaixonou-se por ele. Chegaria a dar-lhe um filho. Algo que Josefina nunca conseguira fazer.
Divórcio e derrota
Com o nascimento do filho bastardo, Napoleão convenceu-se de que poderia, sim, gerar um herdeiro - até então, considerava a possibilidade de ser estéril, embora tudo indicasse que ele já era pai de outro filho ilegítimo.
Divorciar-se de Josefina se tornou inevitável. “Continuo a amá-la. Mas a política não tem coração, só cabeça”, teria dito à esposa durante o último jantar, segundo relato do barão de Bausset, administrador do palácio imperial. “A imperatriz, naquela noite, era a imagem da tristeza e do desespero”, escreveria Bausset, que diz ter visto Josefina dar gritos lancinantes prostrada em um tapete diante do marido.
Com base em documentos da época, a historiadora francesa Evangeline Bruce, autora de Napoleão e Josefina, reconstituiu a última cerimônia pública em que os dois apareceram juntos, na sala do trono. “Josefina estava determinada a ser lembrada para sempre como a mais encantadora, a mais cativante de todas as imperatrizes”, diz.
Diante dos súditos, Napoleão anunciou publicamente a separação. “Só Deus sabe o que essa resolução custou ao meu coração. Encontrei coragem para isso apenas na convicção de que minha decisão serve aos melhores interesses da França”, explicou ele, solenemente.
Josefina, por sua vez, esforçou-se para permanecer firme: “Com a permissão de meu querido e augusto marido, ao acatar tal decisão, orgulhosamente ofereço a ele a maior prova de afeto e devoção jamais dada a um homem nesta terra por uma mulher”. A seguir, comovida, entregou o resto de seu discurso de despedidas para que um ajudante-de-ordens acabasse de lê-lo.
Antes mesmo de divorciar-se de Josefina, Napoleão passara a procurar uma noiva de sangue azul para lhe dar um príncipe herdeiro. Encontrou-a na arquiduquesa Maria Luísa, a pouco formosa filha do imperador austríaco, dona de um par de olhos protuberantes, andar desengonçado e lábio proeminente.
Napoleão não se importou. “Não é preciso que uma esposa seja uma mulher bonita. Já em relação a uma amante, é o contrário. Uma amante feia é uma monstruosidade. Faltaria a ela seu principal, ou melhor, seu único dever”, havia escrito, anos antes, em uma carta ao irmão José.
A união de Napoleão e Maria Luísa, celebrada em 1810, selaria um armistício entre adversários ferrenhos, Áustria e França. Um ano depois, nascia François Charles Joseph Bonaparte, a quem por direito deveria caber o título de Napoleão II.
A chegada do menino fez Maria Luísa passar a reinar também sobre o coração do marido. “Tenho um filho. Sou um homem feliz”, escreveu Napoleão. Em carta aos parentes da Áustria, ela se mostrava igualmente contente: “Meu amor cresce a cada dia. Quando me lembro da ternura que este homem me dedica, mal posso conter as lágrimas”.
Tudo correu bem até que, em 1812, na Rússia, Napoleão viu seu idílio e seu império começarem a ruir. Acossado pelo rigoroso inverno russo, ele foi obrigado a bater em retirada diante das tropas do czar. Assim, abriu o flanco para seus inimigos.
Em 1813, Inglaterra, Prússia, Rússia e Áustria uniram-se e acabaram com a hegemonia francesa na Europa. No ano seguinte, Paris foi sitiada e Maria Luísa viu-se obrigada a abandonar a cidade. “Impediram-me de ir encontrá-lo. Disseram que, se preciso, usarão a força para deter-me”, escreveu ela, desesperada, ao marido.
Enfim chegara o dia de Napoleão provar o sabor amargo da derrota. Mas, para ele, era melhor pôr fim à própria vida que suportar o estigma do fracasso. “A morte não é nada. Mas viver vencido e sem glória é morrer todos os dias”, costumava dizer.
Antes de ingerir uma dose letal de veneno, Napoleão escreveu uma carta de despedida: “Você é quem eu mais amo no mundo. Minhas desgraças só me pesam pelo mal que fazem a você. Um beijo para nosso reizinho. Adeus, minha querida Luísa”.
Coração exilado
Napoleão só continuou vivo porque teve um acesso involuntário de vômito e expeliu o veneno. Após abdicar do trono, alquebrado, foi obrigado a partir para o exílio na ilha de Elba, próxima à Córsega.
Mais uma vez, Maria Luísa não pôde acompanhá-lo. Em março de 1815, Napoleão voltou à França e foi reconduzido ao trono. Durante cerca de 100 dias no poder, chegou a invadir a Bélgica, mas foi derrotado por uma aliança anglo-prussiana na célebre batalha de Waterloo, em junho.
Forçado a abdicar pela segunda vez, amargou novo e definitivo exílio em Santa Helena, uma ilhota dominada pelos ingleses, perdida no meio do Atlântico. Nascido numa ilha, Napoleão morreria em outra, a 5 de maio de 1821.
Com 51 anos, o general estava doente, obeso e deprimido. Como um de seus últimos pedidos, solicitou que, na autópsia, arrancassem-lhe o coração e o enviassem a Maria Luísa. Mas as ordens britânicas eram claras: Napoleão jamais poderia deixar a ilha - vivo ou morto, inteiro ou em pedaços.
Sem o coração do marido, Maria Luísa tratou de cuidar do seu. Ao saber da morte do general, casou-se em segredo com o ajudante-de-ordens Adam Albert Graf von Neipperg, seu amante austríaco.


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